Foto: Obra de Luigi Di Mauro sem nome retrata comportamento contemporâneo (2008)
Pela janela, quem é ela?
Eu vejo tudo enquadrado,
A cidade grita apressada,
Mas há silêncio do outro lado.
O olhar perdido, quase vago,
No horizonte cinza, espelhado,
E o mundo que passa lá fora
Parece pedir: venha agora.
Será que é o fim do que eu conheço,
Ou o começo do que preciso ver?
No eco da ONU, eu me enlaço,
O turismo, um abraço, um renascer.
Na busca do que é ser humano,
A liberdade em cada plano,
Cidadania como um porto,
Organiza sonhos soltos.
A vida teima em ser presente,
Mesmo onde o "eu" é tão premente,
E o futuro exige um passo,
Do individual, o humano abraço.
Será que é o fim do que eu conheço,
Ou o começo do que preciso ver?
No eco da ONU, eu me enlaço,
O turismo, um abraço, um renascer.
Direitos são caminhos largos,
Trilhas para todos nós.
Superamos o individualismo,
Na dignidade de uma só voz.
Esses versos buscam capturar a dualidade entre o individualismo exacerbado e a necessidade de uma consciência coletiva, onde o turismo, sob a égide da ONU, atua como instrumento para a construção de uma cidadania global. A linguagem reflexiva e pretensamente poética é inspirada no estilo de Adriana Calcanhotto, evocando a metáfora de "ver pela janela" como uma forma de contemplar o mundo e as transformações necessárias para superar desafios individuais em prol de uma visão coletiva, organizada com base nos direitos humanos e em dignidade a todos os seres.
Comments